A história de Pierre Verger é surpreendente por diversos ângulos, e esta produção narrada e apresentada por Gilberto Gil confirma tudo o que ele representou para o Brasil e para os povoados africanos que o acolheram.
Isso porque, após rodar o mundo com sua velha câmera Rolleiflex em busca das melhores imagens, Verger resolveu se instalar em Salvador, na Bahia, onde estabeleceu conexões religiosas entre o Brasil e a África — principalmente o Benin, país em que ele também viria a criar laços valiosos de confiança e admiração.
A produção traça um panorama sobre a vida, os caminhos e as imersões etnográficas de Verger, que aprendeu a se doar àqueles que o recebiam, e assim pôde criar fortes raízes e se aprofundar nos estudos sobre o candomblé, os orixás e a cultura negra, tão distinta de sua origem Europeia.
Por não haver casado nem ter tido filhos, Verger fez da religião a sua família, e chegou a receber títulos de grande respeito, tanto em terreiros da Bahia quanto do Benin. Apesar de toda a dedicação às questões que unem dois continentes pela fé, Pierre Verger se considerava um homem de pouca crença, e via nas manifestações espirituais uma autêntica e digna busca dos fiéis por suas origens, seus propósitos, suas verdades.
Como grande humanista que foi, Pierre Verger teve sua trajetória marcada por um profundo encantamento pelo próximo, e o mergulho nas influências mútuas entre Brasil e África fez com que sua busca profissional se tornasse um objetivo pessoal — alcançado com louvor.
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